Páginas

25 junho 2012

Meu exemplo


"Palavras de Rafael Junior"


Convite



Te chamo e espero
aguardo sem pressa
explicação não há
venha comigo estar
reconhecer ...
flores, regato a fluir
cascata a jorrar
amigos, aromas e cores
brisa a soprar
num beijo a convidar
viver e conviver
emoções do agora
também o que jaz
falar, ouvir e aprender
no recanto da paz
traçando metas
para o que virá
te aguardo
neste abraço
venha, estou a te esperar!

(Kátia de Souza)

"Acolhendo doce amigo"

Fala-me ao ouvido
dos teus medos
sem pudor
dores e amores
do profano ao sagrado
querido beija-flor
feio ou bonito
real ou inventado
íntimo quando fala
tem os olhos aclarados
vida que vive dentro
única e sentida
fantasia vá ao vento!
solta corre fluida
regando jardim de amor
renascendo novo pássaro
livres largas asas
brilhe com toda força
tu és lindo meu amigo!
espalhe por onde for ...
... tua força e teu brilho ...
... voando sem pudor!


(Kátia de Souza)

"Alma minha"


Entrego-me a ti
força que me rege
íntimo dentro a pulsar
fluindo em confiança
firme solto-me
deixo-me em olhos fechados
nos braços deste coração
alma minha ...
boca fluida
por onde tantas vezes falo
caminho envolvida
abraçada contida
segura desses passos
contigo, nua, livre
liberta dos conceitos
amarras e preconceitos
puro Amor em Vida
falando, cantando
dançando em letras
dedos que se tocam
sem ver ...
Para todo o Sempre!
Amo-te alma minha
este nós ... únicos
... este Eu em Você!

(Kátia de Souza)


"Respostas"


Rancor?! Não, não há
não há rancor no amor
sonho ainda acordada
distraindo a saudade em dor
que insiste, persiste dentro
aguando o bom do amor
lágrimas beijadas
colhidas, aparadas
por asas de um beija-flor
lanço-me no vento
alcançando teu voo
tocando, sentindo no tempo
vendo e prevendo
vida por todo lado
partilhada, segredada
nem sempre compreendida
sonhada e vivida
intensamente em nós ...
... realizada!

(Kátia de Souza)


21 junho 2012

"Relicário"

Dói saber essa saudade
vislumbrar o breu sem lua
nesta ausência tua
Triste é sentir-te perto
sem tocar-lhe a face
contemplar teus lábios
no doce sabor do beijo
esperança desse enlace
Sorrio ao ver-te junto
ali distante puro
num calar sem nome
em desejo impuro
Caminho só ao teu lado
olhar distante em mim
ouvindo a maré que vaza
nas vagas do meu sentir
Abraça-me este luar
faceira escondida mostra
no corpo frio solitário
confessada carência nossa
do sol carente a lua
no pescoço em mim relicário
inscrita confissão ...
... eu pra sempre ... Tua!!!

(Kátia de Souza)

20 junho 2012

"Junto às estrelas"

sonho mais uma vez ...
tocar teu rosto
olhar teus olhos
segurar tua mão
deitar em teu peito
sentir teu coração

sonho mais uma vez ...
receber-te num beijo
ouvir-te calado
acolher-te em meu colo
recolher-me no abraço

sonho mais uma vez ...
com este amor espalhado
pelo exemplo ensinando
nosso aprendizado
aos infantes afaimados

sonho mais uma vez ...
junto às estrelas
no quintal sentada
buscando teu rosto
no sopro do vento ...
... por ti abraçada!

(Kátia de Souza)

Filha da noite

É no silêncio da noite
que você chega
fica e me toma
cai e carrega
em nuvens delírios
chama e busca
vasculha e revira
meus móveis velhos
fatigados do tempo
labuta bendita
sou eu chamando
pedindo implorando
calada no colo
desse longo dia ...
afagada na noite
morrendo sempre
em letras magia ...
impiedosa não sai
fica, retoma ...
saindo de mim
neste parto abandona
parida e sem nome
pagã não perdoa
caminha de quatro
por mim sem fadiga
sorri e se aninha
em mim ...
.... Poesia!

(Kátia de Souza)

"Trilha"

Caminhei por trilhas
descobri teu nome
passeei teus versos
me perdi nas curvas
sonhei teu sonho
permiti o toque
concedi de mim
valores, verdades
partilhei carinho
vivi teus medos
chorei as perdas
feridas do "eu"
apontei teus pés
enxuguei a chuva
gotas de luz
dos olhos caídas
acreditei nos gestos
enlaçou-me em brumas
nua que estava
vesti-me de neve
branca e fria
provei do fel
amarguei cianose
rija a pele
busquei teu colo
sedução explícita
mel como máscara
aqueceu-me num sopro
revelando essência?
dúvida no ar
tua indiferença ...
eu? ... Só sei te Amar!

(Kátia de Souza)

Caminho entre árvores ...

Caminho entre árvores,
silêncio no ar, 
teu perfume por todo o lado ... 

caminho entre árvores, 
ouço meus passos 
nesse trilhar em tua direção ...

caminho entre árvores,
vazio a calar,
em meu ombro ...
... o toque da tua mão!

(Kátia de Souza)

12 junho 2012

"Caminhos"

por mil histórias caminhei
desbravando mundos
íntimos mundos servil
eu fui ...

por mil sonhos vaguei
descobrindo segredos
vigiando medos guardiã
eu fui ...

por mil olhares lutei
provando essências amargas
degustando do fel ingênua
eu fui ...

por mil aromas briguei
deixando na pele a marca
ranhuras profundas cega
eu fui ...

por mil rostos passei
e agora encontrei
humilde e servil
guardião dos meus versos
em ingênua pureza
autêntico em franqueza
ali logo em frente
a ensinar toda a gente
um rosto toquei
e se um dia eu fui ...
agora é que assumo
"Sou" por ti meu amigo ...
... minha única certeza!

(Kátia de Souza)

10 junho 2012

"Menina flor"

Quando eu era menina
ou será que ainda sou?
Que importa ...
Vi nascer em mim a flor
flor esta chamada ... amor
solta em descaminhos
abraçando qualquer broto
aroma, cor em desalinho
aprendendo a ser viçosa
caule ganhando forma
Ou seriam letras ...
poesia ou prosa?
Que importa ...
em força me fiz
e hoje ... sou Rosa
de pétala em pétala
contando vou ...
esta longa história
saboreando em silêncio contigo
este que fora Sempre ...
você meu, nosso ...
... eterno e agora!

(Kátia de Souza em parceria com amigos)

*****

Reviva sempre,
cale os cânticos dos anjos
e misturados a estes anjos
te reencontro e te afago
nas doces canções divinais
em auroras boreais
a te enlaçar nos braços da saudade, da amizade
e da paz...
Resgataremos sempre um e outro
nas dificuldades do percalço e renovados,
tal qual uma Fênix
ressurgiremos pétala a pétala ...
... nas asas do tempo!

(Wilson Ferrari e amigos)

*****



Quem dera pudesse eu falar
da forja do meu dia
nos teu braços amor
refiz, revi e sonhei doce ...
... minha doce poesia!

Quem dera pudesse te contar
das dores acalmadas
por mãos aveludadas
do trabalho duro, calejadas
ouvi, calei e senti você ...
... m'alma contigo partilhada!

Quem dera pudesse calar
os cânticos dos anjos
ouvidos ao longe dentro
surpreendendo-me lindo momento
chorei, falei e clamei contigo ...
... meu adorável amigo!

Quem dera falar dos passos
silencioso caminho percorrido
dos sorrisos contemplados
no rosto dos amigos
vi, percebi e lembrei de mim ...
... o que já não sou ....
... pois, por ti Revivi!

Quem dera pudesse eu falar
dessa forja talhe de alma
lágrimas que te alcançam
em teu regaço colhidas
como sementes germinas
e eu aqui em ti ... Renascida!

Quem dera poder
mas, não posso dizer
só posso sentir no poema
o que te adorna ...
nossa alma tocada
por este amor que forja!


(Kátia de Souza)

08 junho 2012

****


"Parceiros no tempo"

Corro neste infinito que sou
mergulho nas vagas do si
busco você em luz
dentro e aqui em mim
sou esta que é chama
acesa no nada
iluminando o breu sem estopim
chamando a poesia declamada
interpreto cenas do antes
neste foco jorrado em sombras
desejando a trilha do depois
sussurrando o grito em silêncio
silenciando o berro falado
poema corpo enfeitado
esconde o real brilho que adorna
alma essência que jorra
contornando em "não" este ego
teimosia ainda persistente
vagueia a deriva mente
chamando o sim do presente
olha-me santo anjo em ti
chamo teu olhos a mim
não ensurdeça ao meu apelo
sou eu a chamar dentro
neste outro partilhado
tua alma, aclarada lua ...
... eterna chamando a tua
esta boca que fala
dedos tocando íntimo, externo
escuta-me, estou aqui, te espero
hoje, agora e neste instante
luz que és esteja em Mim ...
... sempre Confiante!

(Em parceria com Kátia de Souza)

06 junho 2012

"Anjos e demônios"

Chegar ao centro
de si e ver-se só
unidos a tantos
eu e você, o nós
outros santos
demônios ... sim eles
tanto e tantos
não caber-se em si
fugir seria pecado
saída sem fim
eterna que sou
em mim
vou gritando
sem rumo
buscando este prumo
do não ouvir
fechada aqui
calabouço que amo
porém te peço
clamo rogando
num lamento
eterno deixa-me
cuidando-me assim
só, sozinha falando
conosco, a sós!

(Kátia de Souza)

05 junho 2012

‎"Entre as vagas do mar"

Recém-nato
descoberto, nu
olhos fechados
cubro-te
manto da noite
enluarada
escura e fria
mar sem fim
aqueço-te o corpo
chamo-lhe de filho
pele enrugada
destas tantas
noite enluaradas
abro-lhe os olhos
amanhecer de ti
sorriso largo
vestes luminosas
preenchido e farto
vais a deriva enfim
perde-se
ondas a te levar
escorre entre os dedos
longe sei está
mergulho neste mar
enlutado
meu rubro manto
sentindo em brumas
olhos aberto
põem-se a fechar
choro por você
menino sem nome
silencio por aquilo ...
... que não sei tocar.

(Kátia de Souza)
Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...