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21 junho 2012

"Relicário"

Dói saber essa saudade
vislumbrar o breu sem lua
nesta ausência tua
Triste é sentir-te perto
sem tocar-lhe a face
contemplar teus lábios
no doce sabor do beijo
esperança desse enlace
Sorrio ao ver-te junto
ali distante puro
num calar sem nome
em desejo impuro
Caminho só ao teu lado
olhar distante em mim
ouvindo a maré que vaza
nas vagas do meu sentir
Abraça-me este luar
faceira escondida mostra
no corpo frio solitário
confessada carência nossa
do sol carente a lua
no pescoço em mim relicário
inscrita confissão ...
... eu pra sempre ... Tua!!!

(Kátia de Souza)

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