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25 dezembro 2012

Hoje em mim

Marcas da vida
teorias tantas
caladas mudas
refeitas
rarefeitas
transformadas
... em si
neste todo
sombra
enegrecida
alma escurecida
na luz
se farta
mergulhada
na lama
enegrecida
... desvendando
... calada
... unicidade
... individuada
ao encontro ...
... de Mim!!!

(Kátia de Souza)

Diálodo com Dija DarkDija

Imagem retirada do Google
Realidade ou Fantasia de
Damião Vieira.
.........................

Sou realista:

sendo simplista
a realidade
na totalidade
é uma desgraça

(que farsa)

Dija Darkdija
..... ..... .....
hipocrisia que mata
seca, fere em faca
quebrando a taça
derramando o vinho

(que desalinho!)

(Kátia de Souza)
..... ..... .....
realidade sentida
ali contida
esperando vazão
abre-se comportas
fala a emoção
equilíbrio virá
em comunhão
ambas:
... razão
... emoção
teorias sem nexo
... viva!!!
ser complexo
falando
calando
gritando
vazando
sem buscar
porquês
... (explica)ação!!!!

(Kátia de Souza)
..... ..... .....

Se um verso se junta
a um outro
não estraga
ex-traga
já foi trazido
e veio ao que
deve ser dito

(Dija DarkDija)


"Haikatiando"

barulho dos fogos -
correria nos telhados
gato, escondido

(Kátia de Souza)






a inveja mata -
Sphynx caiu do telhado
ao passar Angorá

(Kátia de Souza)

..... ..... ..... ..... ..... 
Sphynx: é a raça de gatos sem pelos e de pele enrugada. Na verdade, o corpo desses gatos é coberto por uma pelagem quase invisível.

Haicai (Sidney Poeta e Kátia de Souza)

        







           
           paz e muita luz
nos corações dos homens -
    acesa árvore da vida

                 (Kátia de Souza)

Haicais

é noite de Natal -
algazarra pela casa
o peru sumiu

(Kátia de Souza)

louva-se à mesa
é Natal em alegria -
o menino nasceu

(Kátia de Souza)


assados na mesa -
chester então era peru?!
à mesa risadas

(Kátia de Souza)

24 dezembro 2012

"Condição não vista"

Enquanto és ferida aberta
arma-se a defesa do trajeto
fugidio instante sem palavra
soprando trancafiada
arredia-se em mãos erguidas
escudo diante da lida
fecha-se o aberto e santo
crendo invisível o pranto
deixando aos cegos da trilha
creem na condição falida
quando vida se fez em cor
rejuvenescendo o gesto que afaga
deixando o sublime em flor
caído em canto morno
escondido nos papéis em branco
falando do que é aceito
calando real sentido
imperfeito e sem pudor
da culpa que não há
corroendo o afeto em brisa
assumindo-te ela inteira
vestindo-se da ferida
orgulho no outro cisco
trave em si ...
... jamais vista.
Acolho-te incompreendido
amor amado aqui
tomo-lhe nos braços temor
assumo desejo teu
concedo-lhe sorriso meu
retorno abraçada a mim
certa do trilho e fim
instante nosso eterno
vida que ensina sem dó
renascer tão claro e certo!

(Kátia de Souza)

"Erros que revelam"

Nem sempre as raízes
profundas acertam
ramificadas neste solo meu
deixando apenas a mostra
erros, enganos tantos
brotos de um sentir
torcidos estes galhos
calam deixando o real no fundo
Aparente mundo ...
Veja! Sou também folha ...
... escolha!
qual parte de mim viver
Que importa se seringueira
aventureira das letras
sou mesmo mais que mente
sou toda neste ventre
sou você ... que lê
sente, tente ... Sou ...
... no sempre Inteira!
Errando e acertando ...
... aceita?
Esta vida que se manifesta ...
... por mim e à ti ...
... Imperfeita!

(Kátia de Souza)

Mensagem de Natal

Um belíssimo Natal a todos!!!
E que a amizade seja a base de todas
as relações neste ensaio ao Amor pleno!!!
Beijos daqui ... Paz e Luz!!!

........


.......


22 dezembro 2012

"Apelo"

A que se fazer um apelo
aos ouvidos atentos dos anjos
a que se dizer o que vem de dentro
passa e passa sem zelo
nesta que é a distância ... se fez
o breu deste silêncio que abarca
faz cair o véu em desespero

Não há n'alguma palavra
que remeta-me a ti Senhor da aurora
o sentido desse pranto
cuida, alenta e traga-me
nos braços a luz dos teu manto
canta tua voz melodiosa
a estes ouvidos atentos
alvorada que és em manhã calorosa

Não permita que eu sucumba
dando adeus ao sorriso meu
cerca-me dos teus braços generosos
seca-me toda palavra profana
transforma-me nesta que já é
íntima serva dos passos teus

Já não há tempo te peço aqui
venha não me deixes
diante dos meus gritos
seca a chaga desse peito aflito
ama-me trazendo-me assim ...
... perto de ti

Que se apague
chama que me queima
arde sem dó e fere
acenda-se a luz do cinza diário
quando de ti saudades tenho
clamando-te auxílio
neste nosso educandário

Que acenda-se a luz dos dias brancos
se faça presente meus passos tantos
em abertos olhos viajantes
voando pelo espaço e a deriva
caminhando solitária
tais andarilhos inconstantes
crendo neste brilho que a nós ...
... é, só e nada mais ... Vida!!!

Que a esperança não anoiteça
dentro do que se tem e amanheça
na obra de mãos que então trabalha
visa o que já é uma batalha
mas com teu olhos escudeiro
é vitória de todo seareiro

Venha a mim ó grande menino
arrebata-me desse abismo
salva-me da luta sem destino
envereda-me na marcha acertada
cuida e cala-me
quando me quiser ecoada!!!

Venha-me e este é um apelo
jogando palavras ao vento
chama inexistente ... tempo
de viver sem nome emudecida
mais uma desnecessária
por mim ali ... no papel ...
... por tantos ...
... uma letra ... Caída!!!!

(Kátia de Souza)

"Minúcias"

Imagem retirada do google
Tela: ignoro o autor
..... ..... ..... ..... ..... 

São tantas as minúcias
deste teu toque 
quando olhas desejante

São tantas as denúncias
neste silêncio teu

Vasculha-me o corpo
como saído do deslumbre
chamando e pedindo
por um beijo ... meu

Toca-me como um bardo
devorando-me segredos
calando-me a voz

Sussurra sem limites
teu sopro arfante
teu pedido incontido 
entre gestos, não palavras
teu gosto permitido 
o que antes em si ... 
... por mim, calava 

Pede-me num abraço
teu peito latejante
vacilando a confissão
deixando tão a mostra
teu desejo, teu querer
provocando, atiçando 
tua pele sobre a minha
roça-me e invade-me
intenso, inteiro ...
... me desalinha

Devoro-te sem pudor
caminho por entre vãos
percorro tua boca
saboreio, imploro volteando
você, entregue ...
... e sem perdão

Num desejo, num delírio
nada importa ... silencio
adentra-me e deixa o mundo
ali ... atrás da porta!!!!

(Kátia de Souza)


19 dezembro 2012

"Íntimo temor"

Cala-te alma minha
silencia o teu pranto
chora e aliena-se
nesta tal hipocrisia

Transparência, cara minha
assusta e apavora
nua, crua aparência
não há mãos que lhe sustenta
há gritos por todo lado
pois, todos se desarvoram

Travessia tão perigosa
não se trilha em brumas só
requer outra corajosa
solitária vai ao nada
reduz-se, vira pó

Espera o eco santo
chamando ao que lhe aguarda
ânsia coberta em manto
sabes o que aparta

Temor do desejo contido
sucumbir ao que é presente
em nós ao ego abismo
mascarando o que se cala
falando o que não se sente
evitando o fim de todos
retardando o que É em nós
o Sublime ou ainda ausente

Caminha então com todos ...
... calando a tua ... Voz!!!

(Kátia de Souza e um amigo)
05/12/12 - 01:07h

"Gotas do meu sentir"

Chuva, chuva
a pingar,
gota a gota
meus versos letras
caindo devagar
com força soprada
no vento
tempestade de ideias
diluem-se na enxurrada
das ruas do meu mar
coração sentimento
sem razão de ser
deixa-se fluir
na imensidão do meu
pensar ...
você ali
a olhar pra mim
luz refletida na poça
que se põe a sorrir
do meu olhar assim
poético em si!!!!

(Kátia de Souza)

Imagem retirada do Google
de Maicon Rodrigues Haubman

"Úmido querer"

Você está em mim
como delicadas teias
trançando o já traçado
caminho determinado
Sem querer ver
vendo tecendo
teu olhar a enlaçar
cada linha deste versejar
Tocando meu toque
roçando a pele
íntimo e úmido querer
Buscado lábios meus
tão seus ali ao alcance
dos nossos
Tua pele na minha
gotejando desejo
faminto, me tomando
embotando teu pensar
envolvendo teu ser
vendo teu olhar
desnudando-me
a devorar o que sempre
foi teu ...
Gemidos a calar
razões do não se ter
você em mim
... dentro
... corrompendo
o perfeito e correto ... você
Permitindo nossos corpos
falarem e o amor
entre sussurros segredados
permitindo o querer ...
... por nós em ti ...
... em mim ... fluir!!!

(Kátia de Souza)

18 dezembro 2012

Poesia


Paixão


Encontro

Não há sentir que se desfaça diante dos olhos que tocaram os meus e as mãos entrelaçadas, confessando em carícias um amor sublime e desejante, silenciado por nosso único gesto de permitir um sorrateiro sorriso tímido entre lábios, meu e seu.


                                                                                                                  (Kátia de Souza)

"Te quero"

Queria chamar teu nome
à todos poder ouvir
o quanto em mim é, você ...
... meu homem
Meu único pensar e sentir!!!


Queria tocar teus olhos
sem o pudor da falta
do pecado que assalta
inclemente desejo ...
você ...
... tocado
... beijado
... abraçado
... roçado
na pele
minha suave
... doce
... desejante
... vibrando
te querendo
pedindo, consumindo
todo meu querer
num único
não ouvido
calado e mudo ...
... sim!!!!

(Kátia de Souza)

"Desejo"

Todos os dias
penso e dentro
tenso vive
este viver
de ser assim você
ameno há tempos
não vejo
meu peito
sonhar
apenas clamando
cada instante
... suportando
... sufocado
... inconstante
... aguardando
um momento
quando nossos
olhos inteiros
puderem tocar
o vazio
fazendo do alívio ...
... o ar
que tenho
único meio
de viver e
respirar ... Você!

(Kátia de Souza)

...........


............


Apenas um banco e um jardim compondo o que o toque dos olhares calaram. A brisa entoou a canção e no ondular do lago o reflexo dos lábios silenciados selando o que apenas dois corações "unos" podem sentir. 

                                                                                       (Kátia de Souza)

17 dezembro 2012

RESPOSTA AO "SILÊNCIO"

(Grata Adriane Dias Bueno por me inspirar)

Moça o que fazes de mim ao te ler assim? 
o que tens comigo neste teu falar, 
o que briga, luta íntima, conflituada 
silenciosamente sou eu, retorcida, errada, 
acertando o que tento não gritar, 
jamais desejei este ser, 
como nunca fui tua amada, 
querendo brigar sem ver que era eu 
o sempre ali arrebatada, 
vergando todo o meu orgulho,
confessando o que eu disse ...
... ao espelho ... calada!!!!

(Kátia de Souza)

O SILÊNCIO

De: Adriane Dias Bueno

Enfim, estou aqui sozinha. Sinto o frio daquelas coisas que perdi. Sinto o gelo do apartamento vazio, completamente escuro sem tua presença. Eu sei, a culpa é minha. Nada resta a dizer, além disso: fui eu
que escolhi.

Eu me pergunto onde tu estás, o que fazes ou o que podes estar sentindo agora. E saber que, talvez, muito provavelmente, tu nunca sentiste nada e que estás feliz, me dói como a ressaca de uma bebedeira que não tomei, mas sinto que me embriagou. Talvez seja apenas saudade, talvez apenas o despeito pelo que obtiveste sem mim, e por aquilo que nunca recebi de ti. Que fazer? Sempre fui invejosa da felicidade alheia, porque ela nunca me sorriu, mesmo quando consegui te ter perto de mim.

Eu faço o que então? Eu me arrasto, me humilho, peço que voltes, mesmo que nunca tenhas estado comigo? Ou, como sempre, finjo um orgulho que não sinto e te mantenho a distância? Porque eu, querendo, não te quero, mas o desejo ainda está aqui, latejando sob minha pele, entre meus joelhos e meus olhos.

E sinto a tua mão, que somente de forma breve roçou minha pele. Repriso quadro a quadro a sensação de dor e formigamento que me tomou. O gesto ficou incompleto e por isso te odeio, mesmo sabendo que, intimamente, minha amargura só persiste porque ainda espero o ato completo.

Nada pode fazer os ponteiros do relógio girarem em sentido anti-horário. E tu não irás regressar, embora nunca tenhas ficado por muito tempo. Eu nunca vou sentir teus lábios, nunca terei teu carinho e nunca partilharei nada contigo.

Isso é muito complexo e não aceito essa situação, embora eu me resigne, como o artista se acostuma com a sua má atuação nas várias noites que preferiu consumir uma garrafa de uísque a realizar um belo espetáculo. E foi vaiado e expulso do palco, teimando em voltar, bêbado, somente para mais uma vez sofrer o repúdio.

Tu me repudiaste, eu senti isso e a sensação foi a de uma faca rasgando meu couro já um tanto endurecido. E eu me repeli, porque não aceito o que aconteceu, e preferi ficar nas sombras para que nada percebesses, muito embora suspeitasses.

E escolhi nunca mais te ver, porque a dor e a vergonha eram maiores do que tudo, mesmo sabendo que isso traria o inferno para minha vida. Não o de Dante, não o dos crentes, mas aquele que provém da total inexistência que um ser sente em relação a outro. Porque, na realidade, o inferno é somente isso: um estado total de inexistência.
Essa situação não me causa pânico, a não ser por saber que, mesmo antes de morrer, já não existo para ti. Então, eu ainda prefiro manter meu ego intacto a admitir qualquer sentimento.

Por isso, eu não sei se confesso ou esqueço tudo bebericando um drink num boteco qualquer de uma freguesia duvidosa. Eu somente sei que tudo está confuso. Quero esquecer essa mistura amarga, mas sou por demais sentimental e por demais insensível para esquecer tua indiferença. Minha vaidade não me permite admitir que eu fui irreversivelmente obliterada por ti. Aliás, nunca fui sequer lembrada.

Confesso, entretanto: eu ainda te espero na mesma decrépita estação rodoviária, onde um dia me disseste que ias a tua pátria, mas não me contaste que partirias de vez. Eu te espero ali, até que chegue o último ônibus, mesmo sabendo que não estarás nele.
Estou na estação agora, aguardando. Quando o último passageiro sai e percebo que não voltaste novamente, só me resta ir dormir e acordar mais uma vez de ressaca, porque eu não admito isso: que a espera é inútil, pois eu sei que nunca deveria ter começado a esperar e que essa renúncia faz parte da vida que escolhi.

Tu não voltarás, porque nunca desejaste isso.

E eu, eu não deveria me arrepender da vida que abracei.

Por isso, serei eternamente ‘o silêncio’, porque eu te amei, com aquele tipo de amor que causa tanto querer que chega a quebrar o corpo, mas não se pode jamais admitir que ele existiu.

.........

Tocar a sua alma
é mais que precioso
é lindo e fabuloso
é encanto sem igual

Saber que em teus lábios
nasceu um sorriso em partilha
é mais que alegria
é pura magia
é acordar e renascer
em felicidade todo dia

Saber que em teus olhos
vibra a delícia de se saber
em equilíbrio
habitado pela harmonia
transbordante no teu lar
conjugando o verbo amar

para mim é Vida aqui ...
... feliz a palpitar!!!
Venha permita-me a
tua alma tocar!!!!
Deixa-me simples
pura e sublimemente ...
... te amar!!!!

(Kátia de Souza)

............



Quando sozinhos pudermos compreender que doar é o mesmo
que receber e receber é a doação que não podemos conceber porque estávamos inteiros em união por amor ao outro doando-se de si para que este seja, talvez quem sabe possamos entender que estar junto em partilha é a plena expressão deste que era parte doando ou recebendo quando poderia ser inteiro. 
     

                                                                                                          (Kátia de Souza)

...............


A vida somente faz sentido quando de mãos dadas reconhecemos a nós mesmos, cada qual em seu jeito único de ser é importante e essencial para esta que nos é dádiva divina - A VIDA!!!!

A união é manifestação de amor. Amemos!!!!


                                                                                                         (Kátia de Souza)

14 dezembro 2012

...........

Toquei o chão
febril ...
Empurrei o leme
distante ...
Soprei no vento
atada ...
Calei no tempo
o ritmo ...
Sequei teu pranto
calada ...
Busquei abrigo
fechada ...
Bebi saudade
em versos ...
Acreditei por mim
alada ...
Sonhei sem manto
nua ...
Iludi você
poema ...
Fingi lhe ter
por certo ...
A mim tu tinhas
dentro ...
No sempre "sou"
amada ...

(Kátia de Souza)

Imagem retirada do álbum
de Edna Silva - Feminino.

08 dezembro 2012

"Nada"


Pois é estou neste momento ...
De nada fazer e glorificar o nada que sou ...
Ah! e ainda gritar, berrar e dizer sussurrando: 
chega, pára, não me pare, deixe-me, não quero, 
apenas sou e faço o que quero, enfim ... 
Sou e nada, nada penso e sou o que nada 
jamais serei sendo este nada que sou!!!!

(Kátia de Souza)

............


Passei tanto tempo sendo folha que havia esquecido de mim ...
Precisou o vento gélido e cortante do outono para que eu pudesse em queda suave e branda reconhecer todo o meu corpo, flores, frutos e tronco e assim realimentar minhas raízes ...

                                                                                              (Kátia de Souza)

07 dezembro 2012

Inspiração

Ah! Que seria dos poetas!
estes sem nomes
sem a inspiração;
Mãe majestosa
abraça e acolhe
teu berço ... ventre!

Que seria das bocas
já sem formas
tolhidas pelas mãos
tantas, a deforma!

Onde vais, oh! pena minha?!
... vagueia pelos campos da emoção
chama-lhe quem a ti ...
... é só guarida
busca os puros de coração!

Não sacia o vício em fome ...
pois em ti ...
... é o que consome
Não te esperas vãs recompensas
São muitas ...
... as tais das vinhas;
... Atentas!

Olhai ao teu redor ...
... pequeno poeta ...
à ti, delicadas mãos ...
... afetuosas!
dessa que a todos enlaça
silencia e acalanta
Ei-la para ti ...
... inspiração ...
... tua, mãe Majestosa!

(Kátia de Souza e um amigo)
02/12/12 - 22:45h

"Quem dera"

Quem dera a musa tocasse os versos
de poesia tão límpida e pura
não maculasse esta sublime beleza
versada em letras de única brandura

Quem dera pudesse tais mortais
compreender essa luz que emanas
preenchendo-se de amor puro
sem deturpar-te alma que clamas

Quem dera o olhar fosse mais belo
os corações menos solitários
as mãos mais disponíveis
os homens menos sectários

Quem dera ...
Mas, como se assim fosse ...
rogo aos céus por tal poeta
que ama e é sublime o teu talento
lançando à todos tua "alma poesia"
no lindo entoar do vento!!!!

(Kátia de Souza)

02 dezembro 2012

............


.......

Há de vencer
silêncio
Há de cessar
luta
Há de encontrar
guarida
Há de não precisar
letras
Há de calar
dentro
Há de parar
busca
Há de descansar
peito
Há de deixar
voar
Há de ficar
sem dor
Há de vencer
amor!

(Kátia de Souza)

01 dezembro 2012

"Sentidos"


Há silêncios que ouço
canto
toco delicadamente
sorriso sorrateiro
entre lábios
da tua boca, minha 
a te tocar
denunciando
contando
chorando
revelando
buscando
chamar
pedir
falar
calando tua pele
teu pensar
seguranças afiveladas
deste único
Nosso ... eterno
lar
fala-me lábios meus
teus dedos
meu amar
infinito
no tempo
jogados ao vento
sentido
apenas assim 
no não ouvir
gestos que são por si
afinal quem é que fala
silencia, dizendo
o que cala
Sou eu, você, aqui
Você, eu em ti?
Nós ...
... Únicos, enfim!!!

(Kátia de Souza)

......

Há entre nós um sagrado pacto secreto onde os comuns olhos humanos jamais poderão tocar e nossos sentidos profanos ainda estão a deturpar. Que as máscaras caiam e a "insanidade" vença para que a nós seja possível a Vida sentida neste recôndito ainda sem nome, mas vivido intensamente em meu eterno silêncio. Receba-me!

                                                                                                        (Kátia de Souza)


25 novembro 2012

“No princípio era o Verbo”


... Eu
muda
nua 
ignorava

... Tu
ciente
onipotente 
conduzia

... Ele
silencioso
à tudo
comandava

... Nós
únicos
simples 
ressurgíamos

... Vós
semelhantes
projetados
reconheciam-se

... Eles
errantes
ansiosos
aguardavam

E assim se fez ...
No princípio
entre nomes  
e pronomes

... o verbo
ação
incessante 
contínuo
constante

... eterno
afirmação 
nós neste laço 
... sim

Este é o Verbo
... Amor
no princípio
... até o Fim!


(Kátia de Souza)

"Fendas da alma"

Ruge o lamento do meu canto
se quisera saber quem eu sou
aqui estou entre as partes do meu eu
retalhos, em frangalhos repartidos
retinindo o que era breu
fez-se luz por entre as gotas deste sangue
eram tantos os cacos recolhidos
tantos cortes já trancados
fechados, agora permitidos
por teus dedos foram ali, então rasgados
fisgando o que em ti, você não viu
contemplando a face negra deste limo
fechastes a porta crendo doce encanto
oh! alma iludida sem prever
não vês que és tu a recolher
o que em ti é em mim sem dó ou pena
compaixão tão querida, desejada
palavras mudas, fecharam-se caladas
toque o toque trancado neste fim
mas olhe-se ao espelho, por favor
veja teu retrato e aquele pranto
gemidos sussurrados, tão estáticos
estagnados, gritos deste nós ... dentro ecoados
escorridos, gotejando e apenas ...
... dói no sempre ... e em Mim!!!!

(Kátia de Souza)

24 novembro 2012

.....


“Coisas de um Rio”

Todos os dias ...
uma briga, luta que se trava
Todos os dias ...
busca-se represar as águas
Rio caudaloso a romper barricadas
Surpreender o que se negou
Afirmando o desejo inclemente
Cortando a terra aberta agora em veios
Fluindo, molhando, germinando
coibindo os olhos que vê sua marcha
Fecham-se as janelas, trancam-se as portas
lá está abundante, famélico
por entre as reentrâncias
Jamais se viu tanta perseverança,
força e intensidade
Coisas de um rio represado por braços da arrogância
pensando poder restringir o que em gérmen é seu cerne e natural
Ainda há luta por se impedir
até onde águas dessa natureza podem fluir?
Que seja ao mar
e ali aportado na imensidão que aguarda adormeça a ânsia,
sucumba a luta e abrigue-se na paz e esperança
e que este seja apenas o inevitável caminho do Sublime
que busca por algo Maior que ainda não se provou.

(Kátia de Souza) – 19/11/12 às 22:34h

"A marcha continua..."

Seria mais fácil ficar
Não partir e deixar
O que o tempo varreu
O vento levou
E no peito permaneceu
No recanto em flor
Plantado sem prever
Seria como seguir
Na reta da estrada
Pista molhada
Mas segura por si
Quando em curvas
Asas se formam
Já não se pode fugir
Do contorno e divisa
Que eu vi partir
Seguirei neste voo
Permanente e em lida
Do cansaço ancorado
Neste porto barco a velas
Entrego a outro ... acovardado
Enfrento vagas ...
... em maré calma e mansa
... e não pintura em tela
... e a corrente enfurecida
... tempestades e furacões
Mas , não fujo da bonança
De ver-me renascida
Olhar-me em claridade
Junto e tão longe
Num abismo de emoções
Buscar o que deixei ...
... a margem desta vida!

(Kátia de Souza)

....




25 junho 2012

Meu exemplo


"Palavras de Rafael Junior"


Convite



Te chamo e espero
aguardo sem pressa
explicação não há
venha comigo estar
reconhecer ...
flores, regato a fluir
cascata a jorrar
amigos, aromas e cores
brisa a soprar
num beijo a convidar
viver e conviver
emoções do agora
também o que jaz
falar, ouvir e aprender
no recanto da paz
traçando metas
para o que virá
te aguardo
neste abraço
venha, estou a te esperar!

(Kátia de Souza)

"Acolhendo doce amigo"

Fala-me ao ouvido
dos teus medos
sem pudor
dores e amores
do profano ao sagrado
querido beija-flor
feio ou bonito
real ou inventado
íntimo quando fala
tem os olhos aclarados
vida que vive dentro
única e sentida
fantasia vá ao vento!
solta corre fluida
regando jardim de amor
renascendo novo pássaro
livres largas asas
brilhe com toda força
tu és lindo meu amigo!
espalhe por onde for ...
... tua força e teu brilho ...
... voando sem pudor!


(Kátia de Souza)
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