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24 dezembro 2012

"Condição não vista"

Enquanto és ferida aberta
arma-se a defesa do trajeto
fugidio instante sem palavra
soprando trancafiada
arredia-se em mãos erguidas
escudo diante da lida
fecha-se o aberto e santo
crendo invisível o pranto
deixando aos cegos da trilha
creem na condição falida
quando vida se fez em cor
rejuvenescendo o gesto que afaga
deixando o sublime em flor
caído em canto morno
escondido nos papéis em branco
falando do que é aceito
calando real sentido
imperfeito e sem pudor
da culpa que não há
corroendo o afeto em brisa
assumindo-te ela inteira
vestindo-se da ferida
orgulho no outro cisco
trave em si ...
... jamais vista.
Acolho-te incompreendido
amor amado aqui
tomo-lhe nos braços temor
assumo desejo teu
concedo-lhe sorriso meu
retorno abraçada a mim
certa do trilho e fim
instante nosso eterno
vida que ensina sem dó
renascer tão claro e certo!

(Kátia de Souza)

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