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31 dezembro 2011

Passos do Caminho


Inventei versos em poesia
cantei emoções em melodia
dancei com linda sinfonia
Teu sorriso a me guiar
teus olhos em meio a multidão
segui em dedos doces
teu brilho na escuridão
Dores e amores a vigiar
Tantos os passos a seguir 
palavras a abraçar
responder sem ter o que dizer
mas sentir o sentido teu
em meio a mim 
Tua, sempre tua, a amar
sem dizer, sem falar
amando, sorrindo, revelando
sem confessar que sou Eu
e apenas eu que me pus
a cantar estes versos 
em dança da tua alegria
que irá surgir em meio
a tantas andanças ... voos
no ar, livres e libertos
em Nosso e eterno cantar
Nessas pétalas ao vento
ponho-me a abraçar ... Você!

(Kátia de Souza)

Minha Essência e Minha Força


Olhos que te alcançam

Os olhos a alcançar no tempo
transpondo as pedras desse mar
encontrando Você ... No vento
permitindo fluir ... Nosso entoar
de versos, palavras e revelações
Amar Você, é fato ... Doce sabor
tocando e remexendo emoções
Recebo Você ... dos braços do Amor!

♥ .... Eu te Amo ...♥


                                                          (Kátia de Souza)

"O óbvio não costuma Ser"

‎(...) O que obviamente não presta sempre me interessou muito. Gosto de um modo carinhoso do inacabado, do malfeito, daquilo que desajeitadamente tenta um pequeno vôo e cai sem graça no chão. (Clarice Lispector)

O óbvio é tão sem graça
e do insosso já não posso provar
Provei eles todos e terminei atada
à vícios loucos de me normalizar
Gosto do feio e do pouco
do insano que sabe Ser 
sem seguir o que lhe dizem
Do desajeitado que atua no erro
se arrepende e É, sem precisar
porque viver é a sua maior vontade
desenlaça-se do óbvio com medo
e vai no seu arrependimento sofrer
chora e grita em sua agoniada Vida
e desajeitadamente cai neste chão
tão normal e aparentemente feliz
E teu cair é tão simples e sem graça 
que passa desapercebido pelos
viciados da emoção
Mas, você não passou por mim
porque já não estou atada na normalidade
e Sou junto com Você na tua liberdade
de ser esse Ser que de tão sem graça
faz-me rir e Viver a real Felicidade!

(Kátia de Souza)

30 dezembro 2011


Um Feliz Ano Novo que este traga à todos os corações muita Paz e Discernimento em nossas ações e assim possamos nos entregar a este simples e complexo Amor.



‎" ... Tudo o mais seria desnecessário se nos bastasse sentir ao outro como a nós queremos que nos sinta, ver ao outro como a nós queremos que nos veja, desejar ao outro como a nós queremos que desejem, fazer pelo outro como a nós queremos que nos faça ... E assim ser pelo simples prazer de Amar ... " (Kátia de Souza)

" ... Nos desatemos do Eu para que possamos Ser Nós ... Caminho longo, a todos nós, mas possível ... " (Kátia de Souza)

Paz à Todos!



Essências Unas








" ... Tuas dores são as minhas dores. ... Borrando as cores das telas que vivi, aprendi que é na nuance de cores, em suas misturas em tela que se faz uma linda obra, as gotas que caem das fendas em tinta fresca, recolho-as para que saibas que minhas mãos estão na tua direção e te acolho em versos ciente da flor que renascerá porque habita em Ti o único que poderá abrandar esse que é só teu momento, em lamento ... Sei que clama por este que Vive aqui e está aí ... Nosso Amor ... Te abraço ... "






(Kátia de Souza)

‎"O dia que não tem fim"



Queria meus dedos pétalas pela manhã
afagos doces e acalantos, que não se esquece
Queria minhas mãos faceiras ao entardecer
alcançando teu corpo ... A cena esvaece
Mas, olho aos teus olhos no anoitecer
nesses dias que se foram em saudade vã
Na madrugada a Sabedoria em excelência
E a eternidade em Nós ... Pura essência



                                        (Kátia de Souza)

Doce lamento



" ... Anunciado no vento, eu ouvi o teu sussurro, o abraço no peito apertado e as lágrimas anunciadas. Eu ouvi o cair da chuva em terra seca desacostumada com a umidade dos sentimentos. Já acostumada com este chão, retirei os sapatos e na ponta dos dedos senti a poças d'águas frescas recém formadas. Antes, chão árido e seco, cortava a pele macia de meus pés. Mas, aguardei para dançar nas poças frescas. Sentei a beira do caminho e não vi passar o tempo, o tronco que me acolhia até me distraiu, afinal à sombra de frondosa copa não tinha como não se admirar, adormeci com o abraço no peito apertado. Despertei com o corpo suado e a pele que ardia, o sol estava a pino e eu exposta a ele. Olhei ao redor, a chuva passara, as poças secaram, o tronco de árvore frondosa desaparecera apenas as marcas de suas raízes e ao Sol, me ofereci. Porque então, entendi, a chuva mesmo sabendo que sua passagem é assim fluída, levara a árvore deixando o solo seco, os buracos aos chão e o que seria uma linda dança ao ar livre em meio a natureza transformou-se em aperto no peito e constatação das feridas ao meu oferecimento e exposição ao relento e ao raiar do dia. Ao longe vi pequenas asas ressequidas em redemoinho e talvez buscando o seu caminho, aproximei-me e interferi naquele vicioso ciclo, as asas se espalharam feito pétalas no ar e o vento generoso levando o seu perfume à outros lugares. Eu fiquei ali contemplando a generosidade da natureza em colorir a aridez da terra sofrida num sopro perfumado em cor ... E soprava-me o vento ... Um dia Vencerá o Amor ... Doce aconchego ... "




(Kátia de Souza)

29 dezembro 2011

‎"Amor a qualquer tempo"

E cai a noite em gestos cálidos
os desejos se despertam no tocar das horas
o silêncio aumenta do lado de fora
no peito trancado um rodamoinho ... Sentimentos
sou eu mais uma vez a caminhar nos dedos do tempo
no passar do relógio, no tocar das palavras
na angústia alheia em outros lamentos
no abraço amigo que vai se despedindo
em versos de poesia ou talvez em desalinho
certo é o Amor em ternura na troca de olhares
para que se precisa falar quando a alma grita?
nestes passos lentos ... acolhido será se chorares
Sou eu no rodamoinho dos ventos
a envolver teu nome em doce sentimento
Que nada quer impor apenas desejar
o fiel, puro e sublime ... AMOR!

(Kátia de Souza)

Uma Pétala no Tempo

" ... Destino que não me deixa ver que fim irá ter toda essa sina de me ver assim repartida e dividida entre Eu e Você ... Um dia saberei, um dia talvez cuidarei das minhas dores e feridas ... Um dia também poderei olhar em olhos que me correspondam ... Um dia não precisarei dizer para ser ouvida ... Um dia, talvez a Vida me traga alguém que possa compreender que Amar é mais que esperar e assim me ensine a compreender porque Vivo aguardando algo que me aperta o peito em saudade de uma partida que parece não ter volta ... Um dia talvez meus olhos, pétalas e cores deixarão de correr no tempo e buscar no vento as respostas para tantos questionamentos ... Um dia poderei, talvez, que seja por um instante descansar meus versos e quem sabe neste reverso onde muda eu ficarei, chorar em meu silêncio e ter as tuas mãos a afagar meus cabelos e tua boca a beijar-me em cuidado ... Um dia, talvez alguém possa me dizer onde foi que eu me deixei ... Em qual esquina me esqueci, em qual escuridão não mais acendi a luz e parti ... Quais olhos devo me ver, achar e me reconhecer ... Partida em dois, muda em meu silêncio grito por um tempo onde o vento era apenas brisa em sorriso e flor ... Saudade do que não vivi, busca que me corta e invade sem que eu possa fugir ... Mas, meu peito dividido inundado por tantos sentimentos e algumas certezas apenas diz ... Ainda Estou Aqui ...  E Amo muito Você ... "



(Kátia de Souza)

‎"Amor de Eras"

Sou pura luz neste alinhavo do tempo
esperança que conduz meus passos
olhando em vãos já percorridos
sussurros já ouvidos e entoados
cantados entre choros e lamentos
ouvidos em constante aprendizado
incansáveis mãos que fazem
escolhendo o que está por vir
na luz Desse que me conduz
buscando neste presente renovado
encontrando Você aqui
Intenso momento misturado
nuances de eras lembradas
jamais caladas, previstas, concretizadas
mal compreendidas por tantos
reais em mim e em teus recantos
embalo no presente esta que sou
confessando-me a Ti e Você se revelou
a mim guardo por Nós ... Antigo Amor!

(Kátia de Souza)

"Um grito Mudo"

Nesses tempos onde o passado fora
agora presente em mim transformado
mal cuidado ou cuidado como pudera
já não sei se falo, calo, minto ou sinto
sinto, muito mais que falo e calo
e calado então não minto
porque mentir só se for falando
em versos que nada dizem
e persistem em remover um passado
já mudo em mim corroído no tempo
que hoje clama e chama por paz
e nesse novo tempo só sei que calo
porque mudo não minto e falo
falando a mim, faço, acontecer agora ...
... neste tempo de hoje, que é o que tenho
Nesta que não pára ... Vida minha afora
Caminho pelo tempo soprada no vento
Sou eu calada e remexida por dentro.

(Kátia de Souza)

‎"Terra bendita"


Tudo a seu tempo, em tempo tudo acontece
difícil é saber o tempo deste tempo que não se esquece... 
que possamos deixar que a chuva leve 
que a terra revolvida acolha a semente
que possamos abraçar a semente endurecida que custa a brotar 
Terra Nossa ... Nossas entranhas ... terra bendita! Salve a Vida!
que possamos permitir ao sol brilhar 
Vidas nossas, fazer dela uma terra mais frutífera
frutos que ela puder conceder e ele vivificar 
que talvez e nem sempre são aqueles que queremos na vida encarar...
Tudo em seu tempo ... Esforço da Terra que sempre busca em Si ... Resignar.

(Kátia de Souza)

Tempestade (II)

Me fiz vento, me fiz tempestade em ventania que arrebata e assim fui eu em sua Vida.

Derrubei telhados, fiz arruaça, te pus nos nervos, arranquei-lhe os segredos e nas paredes lascadas deixo a minha marca. Passo, vou sem olhar pra traz, te levantei do chão, te pus no ar, te ensinei a voar, te levei as alturas, acima das nuvens e revelei quem Sou sem me acanhar.

Teu corpo estático, apesar de esfolado e olhos assustados, não quiseram enxergar, mas passei e por Você assim eu fiz sem jamais me arrepender porque sei onde Estou e a que Vim e para onde Vou.

Nos teus desatinos me fiz fúria em raios e trovões, no desassossego fui tua suavidade em União, quase nada em minha calma, sussurrei em tua alma, congelei teus pensamentos mais sombrios e Sai te mostrando o caminho. Uivei aos quatro cantos, não poderás dizer que não passei, sou Vento, sou Tempestade, te acendi Luz em raios, fiz barulho com meu trovões e abalei corações. E mudo ficastes como se não pudesse largar teu estandarte aquele que não tens.

Você me chamou, eu passei, Vim e fiquei, estou indo e lamentei, mas já não lamento porque todo o tormento não te pertence sou Eu em essência, é esta a minha Força que conheces muito bem e jamais esquece, isso eu sei... ah! Se sei...

Como eu lhe avisei, não te forço em Nada apenas chamo para caminhada, dissestes não, e é tua escolha, para uma vida que vai e voa como folha neste que Eu Sou... Vento e em teu íntimo virei artesã, mas não te preocupes, estarei contigo aí dentro e sei disso, em brisa doce a soprar-lhe meu grito, toda, toda manhã.

Sei dos teus olhos a pousar sobre estas crostas que arranquei, e um dia sairá dessa insanidade e te levarei comigo.

Estou indo, já não posso dizer à Você, Estou Aqui, estou a dizer isso para quem queira ouvir porque sou o chamado no vento a querer, querer e querer para que todos em Mim possam renascer.

À você, digo apenas, parti e deixei em Você teu desejo por me rever.

Te espero em brisa ou ventania, só depende de Você em Outro Suave ou Tumultuado Amanhecer, Te deixo escolher.

(Kátia de Souza)

‎"... Jardim das letras ... "



... Sou pétala nas asas do tempo
... contornando a Vida em cores
... viajante nas rajadas de vento
... revivendo emoções, doce sabores

(Kátia de Souza)

Tempestade - (I)

Dentro de mim a Tempestade se forma em Noite Calma, surgem primeiramente os Raios e depois os Trovões, como assim é... Minha Natureza.

Minha luz a ofuscar tua visão e minha voz a perturbar tua audição... Lei que não se desfaz nem se contraria, diante destes que conduzem o Universo. Sou assim, em Suavidade e Calma... Brisa que sopra pelos mais escondidos cantos do tempo e espaço, a afagar tua pele... Mas, transformo-me em Ventania que arrebata e suga, leva o que já não é preciso estar, ser ou viver, a transformar tuas fraquezas em Força...

Retorno aos ventos e chuvas mansos, num instante, diferente de antes que para tornar-me Ventania sempre será preciso mostrar suas chagas... Nessa oscilação em Movimento constante, há algo que não muda... Minha face ali, sempre em refrigério, expressão da Segurança de ser quem sou, Consciente das emoções e missão muito bem definida.

Sei porque vim e sei porque Estou Aqui e ficarei diante destes que agora adversos, lutam contra, mas sou Vento e te arrasto para junto de mim. Sou Tempestade e confundo o teu sentir para que tuas fraquezas não te encontre mais e perdido Você se ache por fim. Não há dúvidas que se diante da tua Confiança em Mim se assegurares, achar-se-á em Força de Si.

Vim para ficar e deixar as minhas marcas... Na devastação dos teus desatinos e insanidade ou na Suavidade de tua aceitação e compreensão desta que Sou... Não te forço, mas te beijo toda manhã através da brisa fresca para que lembre-se que Você tem a Mim, é só chamar. Eu Vivo em Ti!!!

"Personagem mítica criada por mim, esta que vem para apaziguar usando das armas necessárias, aos que por ela chamar... suas armas são representadas pelas forças da natureza, mas sua essência é Só emoção... Energia da vida que move a quem delas partilham. E sim sei, imagens que perturbam os nosso coração."

(Kátia de Souza)

Minha Essência em Tuas Mãos


" ... Sou terra e abarco em minhas entranhas as estranhas vidas que por mim foram germinadas ... Caladas vidas que gritam num tempo onde a vida se faz naquilo que se lembra e naquilo que se sonha ... Terra eu sou a teus pés em humildade do sentir que te acolhe mesmo que endurecida semente, fechada para a vida que represento ... Sou terra que te abraça em afeto em meu acolher de amar, te ajudando a crescer, frutificar ... Sou terra em teu amanhecer, teus olhos abrir e também fechar em noite escura ... E neste fechar, te olho e te cuido para que renasças mesmo que ainda absurdo ... Mas sou tua e mais nada ... Ventre da vida, amada tua amada! ... Sempre ... E desejada ... Lenta em caminhos mudos, mas gritada em fendas dilaceradas ... Sou eu, terra que lhe atenta para a vida que deseja renascer e que tu ainda em semente não queres ver ... Mas te aguardo como terra que sou em teu despertar ... Despertar este, claro ... De pleno Amor ... " 


(Kátia de Souza)
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