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14 fevereiro 2012

"Dedico-lhe"

Queria falar do inverno
gélido, frio em cristais de gelo
dores do mundo, em cada mundo
sorrisos tênues, sem vigor
dores profundas do fundo 
lá do poço que se enfiou
do julgamento, pés que pisam
amores mal amados
lamentos sem ouvidos 
lágrimas sem acolhimento
realidades inventadas
abarcando sentimentos
amenizando a dor
pedras tantas vezes atiradas
sem sequer lembrar
aquelas palavras 
tão bem ditas e proclamadas
aquelas que o Mestre ensinou
olhos fechados, ouvidos tapados
realidades se esvaindo
amores indo, sorrisos se perdendo
cortes profundos, sangue escorrendo
dores do mundo...
mundos tantas vezes confessados
contudo, mal olhados
não vou falar de dor
soprado em milhões de letras
nada tenho a oferecer
aprendido em tantas eras
aqui jamais irá morrer
concedo o que é vivo
faz brilhar qualquer sorriso
não é o que restou
sempre esteve, jamais findou
Concedo-lhe em corpo e alma
tudo o que tenho ...
receba o meu Amor! 
Aceita?

(Kátia de Souza)

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