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08 fevereiro 2012

‎"Do outro lado do jardim"

Imagem retirada do Google
Tela de Carlos Thága - "O outro lado do jardim"

Do outro lado seria apenas olhos, boca e coração,
seria um corpo, dedos faceiros a percorrer o teclado
seria apenas pensamentos com exatidão 
seria a coerência partida em desatinos 
um coração acolhendo o que não se pode ter 
fantasias em delírio, lágrimas de plástico 
sangue que não é vermelho, mas é vida a correr 
seriam emoções em flores, corações vibrando energia 
teria este outro lado um sorriso, alegria 
seria tocável, apreciável dotado de beleza que contagia 
talvez o comum embelezando o feio da vida em sabedoria 
em letras, poemas que nada falam de si 
revela, confessa e expressa em poesia, versos sem fim 
seria humano, coração que sente e da perfeição aprende 
ouve palavras ao vento deitada em seu tempo crente 
viveria a devanear e ironizar os embrutecidos da ignorância 
correria em pontas de pés relembrando a infância 
seria hoje e agora, eu, apenas uma ou vários em emoção 
mas te digo que sou o que sou ... apenas eu a confessar-me 
deleite de lhe ter assim indiretamente, tocar-lhe 
desejar-lhe ... te beijar em flores e aromas querendo o real 
sou eu a insanidade completa desse tão humano normal 
simplesmente te dizendo, não sou apenas Virtual ... 
olhar aos olhos e te ver em mim 
vivo e inteiro desse outro lado do meu Jardim ... 
quero, desejo, anseio, peço, peco e acerto também 
sou perfeita porque em mim carrego meus defeitos 
esforço-me em vê-los, reconheço-os e não me orgulho deles 
mas penso que se os negar já não sou eu mesma 
apenas caminho neste tempo buscando, quem sabe, transformar 
neste momento no tempo onde és em Mim 
te quero e desejo sim, através dos meus olhos me apresentar 
Venha te quero ... Você ... Aqui ... do outro lado de meu Jardim! 

(Kátia de Souza)

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