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Tela de Carlos Thága - "O outro lado do jardim"
Do outro lado seria apenas olhos, boca e coração,
seria um corpo, dedos faceiros a percorrer o teclado
seria apenas pensamentos com exatidão
seria a coerência partida em desatinos
um coração acolhendo o que não se pode ter
fantasias em delírio, lágrimas de plástico
sangue que não é vermelho, mas é vida a correr
seriam emoções em flores, corações vibrando energia
teria este outro lado um sorriso, alegria
seria tocável, apreciável dotado de beleza que contagia
talvez o comum embelezando o feio da vida em sabedoria
em letras, poemas que nada falam de si
revela, confessa e expressa em poesia, versos sem fim
seria humano, coração que sente e da perfeição aprende
ouve palavras ao vento deitada em seu tempo crente
viveria a devanear e ironizar os embrutecidos da ignorância
correria em pontas de pés relembrando a infância
seria hoje e agora, eu, apenas uma ou vários em emoção
mas te digo que sou o que sou ... apenas eu a confessar-me
deleite de lhe ter assim indiretamente, tocar-lhe
desejar-lhe ... te beijar em flores e aromas querendo o real
sou eu a insanidade completa desse tão humano normal
simplesmente te dizendo, não sou apenas Virtual ...
olhar aos olhos e te ver em mim
vivo e inteiro desse outro lado do meu Jardim ...
quero, desejo, anseio, peço, peco e acerto também
sou perfeita porque em mim carrego meus defeitos
esforço-me em vê-los, reconheço-os e não me orgulho deles
mas penso que se os negar já não sou eu mesma
apenas caminho neste tempo buscando, quem sabe, transformar
neste momento no tempo onde és em Mim
te quero e desejo sim, através dos meus olhos me apresentar
Venha te quero ... Você ... Aqui ... do outro lado de meu Jardim!
(Kátia de Souza)
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