Não vejo o vento
ar rarefeito
trêmulas mãos
desespero, falar
calando-se a voz
rompendo-se o laço
rasgando o tempo
sangrando olhar
fecha-se a porta
vazio ecoa
arrasta-se a flor
último suspiro
busca de vida
pétalas caídas
suga-lhe a culpa
morte a gritar
novamente a partida
até mesmo do ar
(Kátia de Souza)
Nenhum comentário:
Postar um comentário