Campo pedregoso e sem vida
recebe o arado em teu ventre
clama por afago, grita aturdida
concedida então, as sementes
acolhidas em teu espinheiro
ressecadas morrem, infelizmente
rastejante sob o azul do céu
implora a flor em tuas carnes
entoa as raízes não fecunda
sorrateira e sem alardes
rasteja entre as pedras ...
... em teu leito, profundas
Já fora dito em algum canto
floresce a flor em terra boa
a chuva chora o desencanto
lamenta o que lhe atordoa
permitindo à aridez em tua face
superfície polida e disfarçada
nas entranhas ressecada
concede o que pode ter
migalhas da Natureza
que por sua gentileza ...
... ainda irá lhe conceder
até que chegue ao fim,
é deixada a toda sorte
assistindo o que enfim
por tuas próprias mãos ...
... será a tua Morte!
(Kátia de Souza)
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